sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Não há botes para todos!


Não me contento apenas com orkut, facebook, fotolog, twitter e msn, tive (por influência de alguns amigos) que fazer este blog. Na verdade refleti sobre a seguinte questão: Não sou obrigada a guardar apenas comigo as besteiras que penso, devo sim compartilhá-las com os demais indivíduos. Se você não quiser ler... Bem, isto pouco me importa, o importante mesmo é escrever.
Então como jornalista que sou, vou começar pelo factual
... Aquele café com leite básico que aprendemos nas escolas de comunicação, mas que comigo fica um pouco diferente, por assim dizer.

“CALE A BOCA MAMÃE! VOCÊ NÃO VÊ QUE CENTENAS DE PESSOAS ESTÃO MORRENDO CONGELADAS E, VOCÊ, PREOCUPADA COM AS SUAS JÓIAS? NÃO HÁ BOTES PARA TODOS!”, esbaforiu Rose, a mocinha do aguado (literalmente) filme Titanic.

Londrina, aquela cidadezinha do interior do Paraná, está prestes a bater em um iceberg e afundar nas águas pluviais que Papai do Céu insiste em mandar. Há alguns dias chove freneticamente e está comprovado que não há botes para todos. A ZONA NORTE da cidade está em estado flagelante. Dezenas de famílias desabrigadas, que perderam tudo, que não têm nem o que vestir quem dirá o que comer... E o blá blá blá que todos já estamos “acostumados”. Opa! Espera um pouco. ACOSTUMADOS? Ta brincando... E de quem é a culpa por este afeito?
Tão somente, o mesmo que me faz a pergunta me traz a resposta: Seria a mídia? (pausa com a mãozinha no rosto: oooowwwnnnnn)

A constante divulgação de todas as mazelas que nos cercam diariamente banalizou o valor da vida. Vivemos em tempos em que tudo se resume ao visual. Não há mais a necessidade de ler, de ouvir... Mas sim de ver. Ver os jornais e suas imagens sangrentas, que afrontam o estômago dos telespectadores. “Mas o chefe fala que é isso o que dá audiência”. É colega? Que tal mudar a receita? Façamos comunicação da forma menos piegas, sangrenta e destrutiva possível. Será que é pedir muito?

Não sei... Talvez isto seja o entusiasmo de uma jornalista praticamente formada saindo da Escola. Mas dá vontade de dar um chacoalhão... Ah dá! Isso dá!
Sou obrigada a concordar com Rose, a nossa amigue do filme. Não se preocupem com as suas jóias, todos vamos morrer mesmo... De água... Ou qualquer outro mal.
E finalizo citando uma das frases de mamãe: NÃO FOI O MUNDO QUE PIOROU, MAS MÍDIA QUE MELHOROU A COBERTURA!
E é é?

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