segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Por acreditar demais, resolvi não acreditar mais!



Apenas não acredito na fidelidade, na plena felicidade, na completa satisfação, na perfeição, nos políticos, nas promessas, muito menos na dieta da segunda-feira. E é simples o porquê de tanta incredulidade: o homem é o ser mais insaciável, vulnerável e inconstante que eu já conheci. Não sei quanto a você, mas a mim parece que sempre tem algo a melhorar, sempre tem algo que falta no dia-a-dia, seja disposição, musica boa, dinheiro, amor, sexo, que calem a boca, que te deixem dormir e que te dêem aqueles cinco minutinhos...

Às vezes eu não entendo porque acordo tão mal humorada. Simplesmente não quero ouvir a voz de ninguém, não quero que se dirijam a mim, não quero que me perguntem se vou ou não à faculdade, não quero, não quero e me deixa. Mas por quê? Esqueço-me de perceber o pequeno detalhe de estar respirando, que a vida me foi renovada por mais um dia, que se está ensolarado ou nebuloso, quente ou frio, eu estou viva. Porra! Por que tanta insatisfação? Por que ficar sempre em busca desta tal felicidade, se todos os dias você tem o principal motivo para ser a pessoa mais feliz do mundo? Você está vivo!

Não acredito em plenitude, não acredito.Duvido muito da paixão, da pele, oh sim! Essa é bicho traiçoeiro. Duvido de mim mesma, esqueço do óbvio, deixo pra depois, penso no absurdo, surto com o mínimo, me atraio pelo complicado, me sufoco de mim mesma, me distraio com o improvável, me lambuzo dos meus erros. Encontro-me na amizade, me contento com o mínimo, quando digo “não” entenda que quero dizer o “sim”, mas que para mim, por vezes, é melhor negar do que correr o risco... Covardia? Se você prefere chamar assim...E não me venha com este papinho de crítica construtiva, porque pra mim isso é balela. Crítica é crítica e ponto final.

Eu acredito na vontade de mandar aquele cidadão se foder, eu acredito naquela raiva que precisa ser extravasada, acredito na vaidade, eu acredito que o amor não seja apenas um sentimento, mas que ele parte do princípio único da decisão. Você primeiro decide amar alguém. Acredito que as pessoas se somam, e não que se completam como muitos dizem. Acredito na minha e na sua idiossincrasia. Acredito no drama da vida, na catarse grega!Sim, e eu acredito que “Eu Te Amo” não diz tudo, demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Talvez eu tenha deixado de acreditar em muitas coisas, talvez eu tenha mudado de idéia e feito coisas que há alguns anos jamais faria. Mas em uma coisa eu ainda realmente acredito: todos mudamos de conceitos, posturas, razões e idéias, quem diz que jamais o fará, com certeza, não é digno de tê-los.

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